EntreGatos

Patricia Sousa - 213 (Escolheu o arranhador e oferece-nos para o abrigo novo)

Carla Pinhal - 454 (Escolheu a cama verde)

M - 252

M - 203

Ana Monteiro - 64

"Fizemos o que não se deve fazer, mas a pressa em tentar salvar "falou" mais alto. Este caganito estava na IC19. E claro está, no separador central e claro está também, numa das zonas mais perigosas de toda a IC19, na curva do Cacém no sentido Lisboa/Sintra Estava em decubito lateral o que levou a pensar que estaria morto. Só se via o pelinho a mexer por causa do vento da passagem dos carros a alta velocidade. Assim que um elemento nosso consegue chegar ao pé dele, a primeira ideia com que fica é que chegámos tarde demais. Mas, ao colocar uma manta por cima, o gatinho levanta a cabeça. E agora, como passar do separador central para a berma?!? Cada carro anda mais depressa que o outro, ninguém abranda por estar alguém de colete vestido com algo no colo a chorar que nem uma desalmada de nervos. Só sabem apitar e levantar os braços em forma de reprovação. Sim, o que fizemos foi muito perigoso e não deveria ter sido feito mas, chamar as autoridades e esperar, poderia o gatinho ser atropelado (caso estivesse vivo) ou ser tarde a ajuda (no caso de atropelamento) Já pensando que iamos ficar com o gato ao colo até ficar fila pela dificuldade em passar para a berma, mas lá conseguimos. Ligamos para o Vet dizendo que íamos a caminho com um gatinho bebé que só mexia a cabeça Foi toda a viagem sem se mexer enroladinho na manta. Assim que chegou ao Vet, ficou na mesma deitadinho mas assim que a comidinha chegou, saltou da manta e não parava de comer. Este caganito, felizmente, não tem nada de grave. Desidratado e muito magro, tinha desistido de viver. Não fazemos ideia de como possa ter ido ali parar nem quanto tempo lá esteve. Sabemos sim que ali ficaria deitado como se morto estivesse até morrer, muito provavelmente. É muito meigo, logo um gato com contacto com pessoas. Basta olhar para ele que começa a ronronar. Já passou o susto para ele mas quem o apanhou ainda tem as pernas a tremer "

Um elemento nosso foi apanhá-lo. quando chegou à porta do abrigo, ao tirar a transportadora do carro, o gatinho fugiu porque durante a viagem abriu a porta da transportadora (os fechos de baixo) e como a transportadora estava coberta, não vimos. O empenho de quem o apanhou a primeira vez fez com que fosse encontrado logo no dia seguinte.

Contamos este acontecimento só para que quem faz o mesmo trabalho que nós tenha atenção que pode acontecer.